quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Comitiva do setor vitivinícola em Brasília

Imprensa destaca a comitiva gaúcha representando o setor vitivinícola que está em Brasília apresentando pauta de revindicações em defesa do produto nacional. 



Um longo hiato nas conversas

Depois de cinco anos sem encontros com o governo federal, o setor vitivinícola gaúcho (uva, vinho e espumantes) terá hoje reunião com o Ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel, para discutir como elevar a participação do produto no mercado nacional. 

Na pauta do encontro também vão estar a tributação, o alto nível de estoques e a concorrência crescente com os importados via alíquotas favoráveis para importação, conta o Deputado Paulo Ferreira (PT), responsável por negociar a audiência.

Hoje o segmento participa com somente 20% do cresente mercado nacional, mas a estratégia é alcançar 35%.

A voracidade tributária também tira o sono da AGAVI - Associação Gaúcha de Vinicultores. Rogério Beltrame, Presidente do Conselho Deliberativo da entidade com sede em Flores da Cunha, diz que um dos problemas mais graves atinge as pequenas e médias vinícolas 
brasileiras, pois estão enquadradas como "indústrias de bebidas" classificação que as coloca fora do Simples Nacional. A legislação tributária é muito complexa, principalmente a substituição tributária, onde cada Estado tem uma lei com índices diferentes de ICMS e também por que muitos outros cobram uma taxa de "fundo de pobreza", recolhida 
pelas vinícolas.

Outra reivindicação se refere à maior promoção e divulgação dos vinhos de mesa - hoje, o foco é vinhos finos e espumantes. Os números mostram, acentua Beltrame, que o grande consumo de vinho é o de mesa, principalmente o tinto suave, 86% do engarrafado hoje no país.

O setor vitivinícola gera renda a mais de 20 mil famílias no Estado. São mais de 800 cantinas transformando uvas em vinho.

Maria Isabel Hammes - Informe Econômico - Zero Hora 09/10/2013